Murilo 
Os traders de Wall Street reacenderam as esperanças de um corte de meio ponto na taxa de juros do Federal Reserve na próxima semana, impulsionando as ações para sua melhor semana desde 2024, em meio a uma mudança em direção às empresas que mais se beneficiariam de uma flexibilização da política.
Ações sensíveis à economia superaram as megacaps de tecnologia que impulsionaram o mercado em alta, enquanto o índice Russell 2000 de empresas menores subiu 2,5%. Uma versão de peso igual do S&P 500, que inclui empresas como Nvidia e Dollar Tree, superou o índice de referência de ações dos EUA. Essa métrica é menos impactada pelas maiores empresas, trazendo esperança de que o rali se amplie.
À medida que o S&P 500 continuava a estabelecer novos recordes no primeiro semestre do ano, alguns investidores ficaram preocupados que apenas algumas empresas estivessem participando do rali. Agora, setores do mercado fora da grande tecnologia estão disparando, à medida que os investidores ficam mais confiantes de que o início do ciclo de cortes do Fed reaquecerá o setor corporativo americano.
O S&P 500 subiu 0,5% pelo quinto dia consecutivo. A versão de peso igual ganhou 1%. O Dow Jones Industrial Average subiu 0,7%. O Nasdaq 100 ganhou 0,5%. Um indicador das sete megacaps “Magníficas” subiu 0,3%.
Os rendimentos dos títulos do Tesouro de dois anos caíram seis pontos-base, para 3,58%. A probabilidade de um movimento de 50 pontos-base aumentou para 40% na sexta-feira, em comparação com 4% no início da semana. O dólar caiu. O ouro estabeleceu outro recorde.
O Ibovespa fechou em alta de 0,64% nesta sexta-feira, aos 134.881,95 pontos, impulsionado por apostas de corte agressivo de juros pelo Fed, com queda nos juros futuros e no dólar. Na semana, o índice subiu 0,23%. O volume financeiro foi de R$ 19,8 bilhões, abaixo da média de agosto.
O destaque positivo foi a Azul, que disparou 22,52% com rumores de reestruturação de dívida. CVC (+14,29%) e Braskem (+7,79%) também se destacaram.
No campo negativo, Assaí caiu 2,98% e Carrefour, 2,67%, após rebaixamento do BofA. Petrobras fechou em baixa, seguindo a queda do petróleo. Vale subiu 0,67%, e os principais bancos também fecharam em alta.
