Tech-Titan cai após máximas históricas – Resumo do Mercado dos EUA
7 de janeiro de 2025
As ações caíram enquanto uma liquidação no maior mercado de títulos do mundo se intensificou, diante da expectativa de que o Federal Reserve não reduzirá as taxas de juros até julho devido a preocupações com a inflação.
Após uma recente alta, os mercados recuaram com um levantamento sobre prestadores de serviços nos EUA mostrando um indicador de preços no nível mais alto desde o início de 2023. A liquidação em grandes empresas de tecnologia pressionou o mercado, com o S&P 500 caindo mais de 1% e o Nasdaq 100 perdendo quase o dobro. A Nvidia recuou 6,2% após atingir máximas históricas. A venda de US$ 39 bilhões em títulos de 10 anos resultou no maior rendimento desde 2007. Os títulos também foram pressionados por uma onda de emissões de grau de investimento.
Dados divulgados na terça-feira indicaram que as vagas de emprego atingiram o maior nível em seis meses em novembro, impulsionadas por um aumento nos serviços empresariais, enquanto outros setores apresentaram uma demanda mais variada por trabalhadores.
O rendimento dos títulos de 10 anos subiu seis pontos-base, para 4,69%. No Reino Unido, os rendimentos dos títulos de 30 anos alcançaram o maior nível desde 1998, elevando o potencial de aumento de impostos para atender às restrições fiscais. O Bitcoin caiu abaixo de US$ 100.000.
Ibovespa
O Ibovespa subiu 0,95% nesta sessão, fechando aos 121.162,66 pontos, acumulando alta superior a 2% em dois pregões. O movimento reflete o otimismo do mercado após o pessimismo predominante no final do ano.
Dólar: O dólar à vista recuou 0,14%, encerrando o dia em R$ 6,10. A queda está ligada à expectativa de que o governo de Donald Trump adote tarifas de importação menos agressivas, o que poderia aliviar a pressão inflacionária nos EUA e reduzir o ritmo de alta dos juros, enfraquecendo o dólar frente a moedas de exportadores de commodities.
Destaques positivos no Ibovespa:
- Petrobras (PETR3; PETR4): As ações subiram 2,80% (ordinárias) e 2,13% (preferenciais), impulsionadas pela alta no preço do petróleo no mercado internacional.
- PetroRecôncavo (RECV3): +1,61%, seguindo o movimento do setor.
- Prio (PRIO3): +1,59%, acompanhando o avanço do petróleo.
- BTG Pactual (BPAC11): Subiu 1,78% após anunciar a compra da gestora Julius Baer Brasil por R$ 615 milhões. O mercado reagiu positivamente, vendo o movimento como expansão no segmento de family office, dado que a gestora administra R$ 61 bilhões em ativos.
Destaques negativos no Ibovespa:
- Vamos (VAMO3): Caiu 1,04% após o Banco Safra reduzir o preço-alvo das ações de R$ 11,90 para R$ 6,70.
- CSN Mineração (CMIN3): Recuou 3,96%, refletindo a queda no preço do minério de ferro.
- RD Saúde (RADL3): -2,56%.
- CSN (CSNA3): -1,99%.
As empresas ligadas ao setor de mineração foram penalizadas pela desvalorização do minério de ferro no mercado global.
Petróleo
O petróleo subiu nesta terça-feira devido às sanções do Ocidente contra Rússia e Irã, que geraram preocupações com oferta restrita, e à expectativa de maior demanda da China. A Arábia Saudita aproveitou o cenário para aumentar os preços das exportações para a Ásia em fevereiro, após três meses de estabilidade.
Na China, o Shandong Port Group restringiu o acesso de petroleiros sancionados pelos EUA aos principais portos da costa leste. O Brent para março fechou em alta de 0,98%, a US$ 77,05, e o WTI para fevereiro subiu 0,93%, a US$ 74,25.
Juros
Os juros futuros retomaram alta nesta terça-feira após encerrar o movimento de correção, devido à incerteza fiscal no Brasil e ao cenário externo adverso. Apesar dos números esperados da arrecadação federal e das declarações do ministro Fernando Haddad sobre déficit e contingenciamento, o impacto nos DIs foi limitado. No exterior, juros dos Treasuries subiram com dados econômicos positivos e declarações de Trump.
Fechamento dos DIs:
- Jan/26: 14,990% (de 14,970%)
- Jan/27: 15,390% (de 15,340%)
- Jan/29: 15,190% (de 15,045%)
- Jan/31: 14,920% (de 14,750%)
- Jan/33: 14,690% (de 14,500%)
Bitcoin
O Bitcoin caiu mais de 5%, negociado a $96.326,01, após alcançar sua máxima de três semanas, destacando a volatilidade característica do mercado de criptomoedas.