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Impactos globais e domésticos: Fed corta e Copom eleva os juros.

Resultado da Super Quarta:

As ações caíram após Jerome Powell afirmar que o Federal Reserve não tem pressa em flexibilizar a política monetária, mesmo depois de cortar as taxas em meio ponto percentual.

O S&P 500 apagou um ganho de até 1% quando o presidente do Fed alertou contra a suposição de que grandes cortes nas taxas continuariam. Os rendimentos dos títulos do Tesouro de 10 anos subiram sete pontos-base, para 3,71%. O dólar valorizou.

Após a reunião de dois dias do Fed, as projeções revelaram que uma pequena maioria, 10 de 19 funcionários, favorecia a redução das taxas em pelo menos meio ponto percentual nas próximas duas reuniões de 2024. De acordo com a previsão mediana, os formuladores de políticas planejam cortar mais um ponto percentual em 2025.

O S&P 500 caiu 0,3%. O Nasdaq 100 recuou 0,5%. O Dow Jones Industrial Average perdeu 0,2%. Um índice das megacaps “Magnificent Seven” caiu 0,1%. O Russell 2000, que mede pequenas empresas, teve pouca variação.

Os títulos do Tesouro dos EUA encerraram a quarta-feira em queda após atingirem picos durante a sessão, em resposta ao corte de 50 pontos-base nas taxas pelo FOMC, o primeiro desde março de 2020. Sete membros do Fed preveem mais 25 pontos-base de cortes neste ano, enquanto nove esperam mais 50 pontos-base.

Apesar da expectativa de mais cortes até o fim do ano, os preços das Treasuries recuaram após o presidente Powell afirmar que o corte atual é uma “recalibração” e não indica um novo ritmo de reduções, já que o FOMC toma decisões de forma gradual.

Cortes projetados a partir da taxa efetiva de 4,83% incluem 35 pontos-base em novembro, 71 em dezembro, 105 em janeiro e 174 em junho.

O Ibovespa fechou em queda de 0,90%, aos 133.747,69 pontos, refletindo a cautela no mercado externo devido ao corte de juros de 50 pontos-base pelo Fed e a expectativa pela decisão do Copom, com possível aumento da Selic. O volume financeiro foi de R$ 29,2 bilhões, acima da média de agosto. A queda foi puxada por ações ligadas a commodities, como Petrobras ON (-1,73%), Vale (-1,17%) e CSN Mineração (-8,26%).

No setor de frigoríficos, Marfrig (-5,44%) e JBS (-4,19%) também caíram devido à desvalorização do dólar.

A maior perda foi da Azul (-10,08%). No campo positivo, Braskem (+4,76%) liderou após recomendação de compra do UBS BB.

Os juros futuros fecharam estáveis, com o mercado aguardando a decisão do Copom. A curva precificava 90% de chance de alta de 25 pontos-base na Selic. As taxas caíram brevemente após o corte de juros nos EUA, mas a fala cautelosa de Jerome Powell, presidente do Fed, ao afirmar que futuras decisões serão baseadas em dados, diminuiu o entusiasmo.

Decisão do COPOM

O ambiente externo é desafiador, com incertezas sobre o ciclo econômico dos EUA e a postura do Fed. No Brasil, a atividade econômica e o mercado de trabalho estão mais dinâmicos que o esperado, com inflação acima da meta. O Copom elevou a Selic para 10,75%, destacando riscos inflacionários, como desancoragem das expectativas e inflação de serviços. Por outro lado, uma desaceleração global pode ser um risco de baixa. A decisão visa convergir a inflação à meta, com futuros ajustes dependendo da evolução da inflação e do balanço de riscos.

Votaram por essa decisão os seguintes membros do Comitê: Roberto de Oliveira Campos Neto (presidente), Ailton de Aquino Santos, Carolina de Assis Barros, Diogo Abry Guillen, Gabriel Muricca Galípolo, Otávio Ribeiro Damaso, Paulo Picchetti, Renato Dias de Brito Gomes e Rodrigo Alves Teixeira.

Time Investfy

Escrito por Murilo

Amigo do clube, cuido da experiência dos membros Investfy.
Fã do mercado financeiro.

Investfy crew.

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