Hoje eu e minha esposa percorremos a trilha do Rio do Boi, no cânion Itaimbezinho, em Praia Grande – SC. Foram 14 quilômetros no total (ida e volta). Para completar o percurso, foi necessário cruzar o rio cerca de 20 vezes, alternando de uma margem para outra.
A trilha não é apenas física. Ela é mental, estratégica e exige consciência constante do próximo passo.
1- Conhecer o terreno antes de começar
Antes de iniciar a caminhada, é preciso entender:
• A extensão da trilha,
• O terreno e as condições climáticas,
• As pedras escorregadias,
• O próprio condicionamento físico.
Nos investimentos, o terreno é o mercado:
• Volátil,
• Assimétrico,
• Cheio de oportunidades que não servem para todos os perfis.
O investidor que não se conhece:
• Entra em trilhas longas sem preparo,
• Se empolga com atalhos,
• Subestima riscos que não consegue sustentar.
2- Cada trilha exige uma decisão
Nas trilhas, cada caminhada é diferente:
• O terreno muda,
• As pedras não estão no mesmo lugar,
• O equilíbrio precisa ser reajustado.
No mercado, cada fase exige um tipo de operação. Há momentos de:
• Travessia cautelosa,
• Passos curtos,
• Avanços mais firmes.
Nem toda operação:
• Combina com o perfil do investidor,
• Está alinhada ao seu momento emocional,
• Faz sentido dentro da estratégia pessoal.
Mesmo que seja uma grande oportunidade para o mercado, pode não ser para mim.
3- Preparo, dedicação e planejamento
Completar a trilha exigiu:
• Preparo físico,
• Planejamento do percurso,
• Respeito aos próprios limites,
• Execução consciente, passo a passo.
Investir segue a mesma lógica:
• Estudar empresas,
• Entender o modelo de negócio,
• Saber onde se está pisando,
• Conhecer a si mesmo e reconhecer quando reduzir o ritmo ou seguir outro caminho.
Quem entra despreparado:
• Escorrega,
• Perde equilíbrio,
• Confunde pressa com eficiência.
4- A meta não é só terminar
O objetivo não era apenas concluir os 14 quilômetros, era continuar de pé até o final, desfrutando da jornada.
Na trilha, quem olha só para a chegada:
• Tropeça nas pedras,
• Cai por falta de atenção ao próximo passo.
Nos investimentos, quem pensa apenas no resultado:
• Ignora o risco,
• Força operações fora do perfil,
• Se perde no meio do caminho.
5- O investidor como trilheiro
O bom trilheiro:
• Se conhece,
• Sabe quando avançar e quando desacelerar,
• Sabe quando aquela trilha não é para ele.
O bom investidor:
• Respeita o próprio perfil,
• Estuda antes de entrar,
• Entende que cada fase do mercado exige uma postura,
• Reconhece que disciplina vale mais do que pressa.
6- Conclusão
A trilha que fizemos hoje ensinou que:
• Caminhar é uma sequência de decisões,
• Cada passo importa,
• Cada travessia exige atenção.
Nos investimentos, não vence quem corre mais, vence quem:
• Planeja,
• Executa com consciência,
• E segue atento ao próximo passo.
Porque, seja na trilha ou no mercado, quem não se conhece, não se prepara e busca atalhos, acaba ficando pelo caminho.





Perfeita analogia
Parabéns Andre
Parabéns @Andre Guerreiro foi uma excelente aula, usou um comparativo perfeito para analisar a postura correta do investidor
Valeu, Aguinaldo! Abração