As ações permaneceram perto de máximas históricas antes da decisão do Federal Reserve, com os traders divididos sobre o tamanho de um corte na taxa de juros.
O S&P 500 fechou praticamente inalterado, após se aproximar brevemente de um recorde, impulsionado por um aumento inesperado nas vendas no varejo dos EUA. Setores economicamente sensíveis superaram, mais uma vez, as grandes empresas de tecnologia. Os rendimentos dos títulos do Tesouro subiram levemente, com os prazos mais curtos impulsionando o aumento. A probabilidade implícita pelo mercado de que os formuladores de políticas anunciem um corte de 50 pontos-base na quarta-feira era de aproximadamente 55%.
De acordo com uma pesquisa conduzida pela 22V Research, as expectativas para a reação do mercado à decisão do Fed são determinadas pelas apostas no tamanho do corte. Investidores que antecipam uma redução de 25 pontos-base estão divididos sobre se o corte resultará em uma reação “pró-risco” ou “avessa ao risco”. Enquanto isso, aqueles que apostam em 50 pontos-base acreditam que um movimento menor do Fed seria “avesso ao risco”.
O Nasdaq 100 e o Dow Jones Industrial Average também terminaram praticamente inalterados. O índice Russell 2000, composto por empresas menores, subiu 0,7%. Os rendimentos dos títulos do Tesouro de 10 anos subiram dois pontos-base, para 3,64%.
O Ibovespa caiu 0,12%, fechando aos 134.960,19 pontos em um dia de baixa liquidez, com volume financeiro de R$ 16,2 bilhões, abaixo da média de agosto.
O movimento foi influenciado por quedas nas ações de Petrobras, Vale e grandes bancos, exceto Santander, que subiu 0,10%. Destaques negativos incluíram CSN Mineração (-2,82%), Braskem (-1,87%) e Embraer (-1,61%). Em contrapartida, Azul avançou 13,84% devido à expectativa de acordo com credores, enquanto Petz e Cogna também registraram ganhos, subindo 3,74% e 2,76%, respectivamente.
As taxas dos DIs encerraram com leve queda nos vencimentos curtos e pequenas altas nos médios e longos. A alta dos Treasuries e o risco fiscal no Brasil pressionaram as taxas, enquanto a queda do dólar, fechando abaixo de R$ 5,50, aliviou parte dessa pressão.
O governo brasileiro enfrenta um possível impacto fiscal de R$ 132,6 bilhões em decisões do STF sobre a reforma da Previdência. O mercado aguarda as decisões do Fed e do Copom, que devem tomar rumos opostos. No fechamento, o DI para Jan/26 caiu para 11,780% e o Jan/29 subiu para 11,965%.
Muito bom, Murilão!!!