Irã se prepara para um novo ataque – Resumo dos Mercados
31 de outubro de 2024
As ações caíram após perspectivas decepcionantes de Microsoft e Meta aumentarem a preocupação de que o recente salto de quase 45% nas ações megacaps que sustentam o mercado de alta possa ter sido excessivo. O petróleo disparou com o relatório de que o Irã planeja um novo ataque a Israel.
O índice S&P 500 caiu 1,9%, eliminando os ganhos de outubro e interrompendo uma sequência de altas mensais que seria a mais longa desde 2021. O Nasdaq 100 recuou 2,4%. No pós-mercado, Intel Corp. e Amazon subiram após superarem estimativas de vendas.
Todas as megacaps recuaram nesta quinta-feira em meio a preocupações sobre a capacidade de sustentar altos lucros enquanto investem bilhões de dólares em inteligência artificial. Essas preocupações impactaram um mercado que já mostrava sinais de esgotamento próximo a recordes históricos, antes da eleição nos EUA e da decisão do Federal Reserve na próxima semana.
Os títulos do Tesouro americano pouco se moveram na quinta-feira, mas fecharam o mês em baixa devido às apostas de que o Fed não será muito agressivo com cortes de juros, em meio a uma economia forte. O dólar teve seu melhor mês desde 2022. Traders se preparam para uma alta na volatilidade das moedas globais, já que o custo de proteção contra variações do dólar na próxima semana alcançou o nível mais caro desde 2020.
O iene saltou até 1%, ampliando ganhos após o governador do Banco do Japão, Kazuo Ueda, afirmar que o mercado cambial teve grande impacto na economia, sugerindo um possível aumento de juros nos próximos meses. A chanceler do Tesouro, Rachel Reeves, buscou tranquilizar os mercados financeiros após seu orçamento na quarta-feira desencadear uma venda de títulos do Reino Unido. O ouro recuou, com alguns investidores realizando lucros após a alta da commodity para um novo recorde.
Balanços EUA (Após o pregão)
Apple (Resultados do 4º Trimestre Fiscal de 2024)
- Receita: US$ 94,93 bilhões, estimativa: US$ 94,36 bilhões
- EPS: US$ 0,97 vs. US$ 1,46 ano/ano
- EPS ajustado: US$ 1,64
- Receita de produtos: US$ 69,96 bilhões, estimativa: US$ 69,15 bilhões
- Receita do iPad: US$ 6,95 bilhões, estimativa: US$ 7,07 bilhões
- Despesas operacionais totais: US$ 14,29 bilhões, estimativa: US$ 14,35 bilhões
- Receita da Grande China: US$ 15,03 bilhões, estimativa: US$ 15,8 bilhões
- Receita do Mac: US$ 7,74 bilhões, estimativa: US$ 7,74 bilhões
- Receita do iPhone: US$ 46,22 bilhões, estimativa: US$ 45,04 bilhões
- Receita de serviços: US$ 24,97 bilhões, estimativa: US$ 25,27 bilhões
- Receita de wearables, casa e acessórios: US$ 9,048 bilhões, estimativa: US$ 9,17 bilhões
- Dividendos declarados: US$ 0,25 por ação
Amazon (Resultados do 3º Trimestre de 2024)
- EPS: US$ 1,43, estimativa: US$ 1,16
- Vendas líquidas: US$ 158,9 bilhões, estimativa: US$ 157,29 bilhões
- Vendas líquidas da AWS: US$ 27,45 bilhões, estimativa: US$ 27,49 bilhões
- Crescimento ex-FX da AWS: +19%, estimativa: +19,2%
- Margem operacional: 11%, estimativa: 9,34%
- Rendimento operacional: US$ 17,48 bilhões, estimativa: US$ 14,75 bilhões
- Vendas líquidas de lojas físicas: US$ 5,23 bilhões, estimativa: US$ 5,17 bilhões
- Vendas líquidas na América do Norte: US$ 95,54 bilhões, estimativa: US$ 95,22 bilhões
- Projeção de vendas líquidas para o 4º trimestre: entre US$ 181,5 bilhões e US$ 188,5 bilhões, estimativa: US$ 186,36 bilhões
- Projeção de rendimento operacional para o 4º trimestre: entre US$ 16,0 bilhões e US$ 20,0 bilhões, estimativa: US$ 17,49 bilhões
Intel (Resultados do 3º Trimestre de 2024)
- Perda ajustada por ação: US$ 0,46 vs. EPS de US$ 0,41 ano/ano
- Receita: US$ 13,28 bilhões, estimativa: US$ 13,02 bilhões
- Margem bruta ajustada: 18%, estimativa: 38%
- Margem bruta: 15%
- Receita da Intel Foundry: US$ 4,35 bilhões, estimativa: US$ 4,44 bilhões
- Receita de data center e IA: US$ 3,35 bilhões, estimativa: US$ 3,15 bilhões
- Projeção de EPS ajustado para o 4º trimestre: US$ 0,12, estimativa: US$ 0,063
- Projeção de receita para o 4º trimestre: entre US$ 13,38 bilhões e US$ 14,38 bilhões, estimativa: US$ 13,63 bilhões
- Projeção de margem bruta ajustada para o 4º trimestre: 39,5%, estimativa: 38,7%
Dólar
O dólar encerrou outubro com uma alta acumulada de 6%, impulsionado pela aversão ao risco em meio ao cenário de risco fiscal no Brasil e incertezas no exterior. Investidores buscam segurança no dólar e em Treasuries, motivados por dados econômicos mistos nos EUA, inflação elevada na Europa, e expectativas fracas de resultados de grandes empresas.
Outros fatores de incerteza incluem a indefinição nas eleições americanas, o risco de retaliação do Irã contra Israel e dúvidas sobre as políticas monetárias do Fed e do BCE. No Brasil, a falta de definição sobre o equilíbrio fiscal também contribui para o pessimismo. O dólar à vista fechou em alta de 0,31%, a R$ 5,7811, e no ano acumula alta de 19,11%.
Juros
Ibovespa
O Ibovespa acompanhou a tendência externa de aversão ao risco nesta quinta-feira, fechando em baixa de 0,71%, aos 129.713,33 pontos, com destaque para a forte queda do Bradesco após a divulgação de seu balanço. O volume financeiro foi de R$ 20,8 bilhões, abaixo da média de setembro.
No mês, o Ibovespa recuou 1,60%, acumulando uma perda de 3,33% no ano. A Hypera liderou as perdas, após a desistência da fusão com a EMS. Por outro lado, BRF liderou as poucas altas do dia, impulsionada por uma recomendação de compra do Santander.
Destaque das Ações:
Quedas:
- Hypera: -8,30%, a R$ 22,10
- CVC: -5,09%, a R$ 2,05
- Bradesco ON: -3,41%, a R$ 12,74
- Bradesco PN: -4,39%, a R$ 14,37
- Santander: -2,68%, a R$ 27,20
- Itaú: -0,65%, a R$ 35,02
- Vale: -0,66%, a R$ 62,06
- Banco do Brasil: -0,15%, a R$ 26,33
Altas:
- BRF: +2,86%, a R$ 26,23
- CSN Mineração: +2,31%, a R$ 6,21
- Marfrig: +1,82%, a R$ 15,69
- Petrobras ON: +0,46%, a R$ 39,06
- Petrobras PN: +0,17%, a R$ 35,91
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