Murilo 
Ações avançam enquanto Nvidia fecha em recorde – Resumo do Mercado dos EUA
6 de janeiro de 2025
As ações subiram no início da primeira semana completa de negociações de 2025, impulsionadas por um rali nas maiores empresas de tecnologia do mundo. O dólar se recuperou após o presidente eleito Donald Trump declarar que seu plano tarifário não seria reduzido.
Embora as compras em queda tenham impulsionado os ganhos no grupo mais influente do S&P 500, a maioria das ações do índice de referência caiu. A Nvidia Corp. alcançou um recorde histórico antes do discurso do CEO Jensen Huang. Bancos subiram com o otimismo em relação à desregulamentação, após Michael Barr renunciar como vice-presidente de supervisão do Federal Reserve. A notícia também acelerou a inclinação da curva de rendimentos do Tesouro, com os vencimentos mais longos apresentando pior desempenho. O rendimento dos títulos de 30 anos atingiu seu nível mais alto desde o final de 2023.
O S&P 500 subiu 0,6%. O Nasdaq 100 ganhou 1,1%. O Dow Jones Industrial Average teve pouca variação. A American Airlines Group subiu após três revisões otimistas de analistas. O Citigroup também respondeu a uma chamada de alta. Os recibos de depósito da Tencent Holdings caíram depois que os EUA incluíram a empresa na lista negra militar chinesa.
O rendimento dos Treasuries de 10 anos aumentou dois pontos-base, para 4,62%. O dólar caiu 0,6%. O dólar canadense se fortaleceu após o primeiro-ministro Justin Trudeau renunciar após mais de nove anos no cargo. O Bitcoin ultrapassou US$ 100.000. O petróleo reverteu um rali de cinco sessões.
Os investidores também estão aguardando o relatório de empregos de sexta-feira, que deve mostrar que os empregadores moderaram as contratações para encerrar um ano de mercados de trabalho saudáveis, embora em desaceleração gradual. Os dados provavelmente não mudarão a crença dos dirigentes do Federal Reserve de que podem desacelerar o ritmo dos cortes nas taxas enquanto a economia permanecer forte e a inflação diminuir gradualmente.
A governadora do Fed, Lisa Cook, afirmou nesta segunda-feira que os formuladores de políticas podem ser mais cautelosos devido à força do mercado de trabalho e às pressões inflacionárias persistentes.
Ibovespa
O Ibovespa fechou em alta de 1,26%, aos 120.021,52 pontos, recuperando o nível dos 120 mil, com volume financeiro de R$ 19 bilhões.
O índice foi impulsionado pelos bancos, com Itaú (+4,49%; R$ 31,16) liderando os ganhos, seguido por Santander (+2,48%; R$ 24,00), Bradesco PN (+1,96%; R$ 11,42), Bradesco ON (+1,55%; R$ 10,48) e Banco do Brasil (+0,93%; R$ 23,96).
Mesmo com o desempenho negativo de Vale (-1,28%; R$ 53,56) e Petrobras ON (-0,94%; R$ 40,00), o índice avançou.
No topo dos ganhos, Azul valorizou 14,67% (R$ 4,30), Yduqs subiu 10,32% (R$ 8,87), e Carrefour avançou 9,98% (R$ 5,84).
Entre as maiores quedas, destacaram-se Marfrig (-2,61%; R$ 16,41) e Petrorecôncavo (-2,01%; R$ 16,10).
Na Bolsa B3, 535 ações subiram, 455 caíram e 42 ficaram estáveis. O índice de volatilidade CBOE Brazil ETF caiu 0,47%, para 31,93.
No mercado de commodities, o ouro recuou 0,29%, para US$ 2.646,99 por onça, o petróleo caiu 0,73%, para US$ 73,42 por barril, enquanto o café ficou estável, com alta marginal de 0,01%, negociado a US$ 318,67.
Dólar
O dólar à vista recuou 1,13% nesta segunda-feira, fechando a R$ 6,1125, acompanhando o movimento global de enfraquecimento da moeda americana. A queda foi impulsionada por uma notícia do Washington Post sobre possíveis tarifas de importação menos abrangentes no governo Trump, apesar do ex-presidente negar.
No Brasil, o ministro Fernando Haddad, mesmo de férias, reuniu-se com o presidente Lula para tratar das prioridades de 2025, incluindo a aprovação do Orçamento. Haddad descartou mudanças no regime cambial e mencionou que a acomodação do dólar é natural após o estresse do câmbio em 2024. O dólar futuro para fevereiro caiu 1,26%, enquanto o índice DXY recuou 0,67%. O euro e a libra apresentaram alta frente ao dólar.
Juros
Os juros futuros continuaram a devolver prêmios nesta segunda-feira, favorecidos pelo alívio no câmbio, apesar da piora no boletim Focus para inflação e juros. O apetite global por risco e expectativas de uma política protecionista menos agressiva nos EUA contribuíram para o movimento. No fechamento, os principais DIs registraram quedas:
- Jan/26: 14,970% (ante 15,060%)
- Jan/27: 15,340% (ante 15,500%)
- Jan/29: 15,045% (ante 15,320%)
- Jan/31: 14,750% (ante 15,030%)
- Jan/33: 14,500% (ante 14,780%)
Petróleo
O petróleo sofreu realização de lucros nesta segunda-feira após atingir seu maior preço desde abril, impulsionado pela queda do dólar, restrições offshore decretadas por Joe Biden e expectativas de sanções contra Rússia e Irã.
Apesar da correção, analistas apontam tendência de alta na semana devido ao aumento da demanda no hemisfério Norte pelo frio rigoroso. O Brent para março fechou em queda de 0,27%, a US$ 76,30, enquanto o WTI para fevereiro recuou 0,54%, a US$ 73,56.
Moedas Digitais
Bitcoin e Ethereum registraram alta nesta segunda-feira, impulsionados pelo apetite por risco em Wall Street. O Bitcoin avançou 4,02%, cotado a US$ 102.244,80, enquanto o Ethereum subiu 1,55%, para US$ 3.689,82, segundo a Binance.
Analistas veem potencial para o Bitcoin ultrapassar US$ 110 mil se romper os US$ 97 mil. Para o Ethereum, os suportes estão em US$ 3.420 e US$ 3.120. A compra de US$ 101 milhões em Bitcoins pela MicroStrategy reforçou o otimismo no mercado.
otimo . parabens