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Ações caem com eleições se aproximando – Resumo dos mercados
4 de novembro de 2024
EUA
As ações fecharam em queda e os títulos subiram, enquanto as pesquisas continuam mostrando uma disputa acirrada na eleição presidencial dos EUA, que ocorre antes da decisão do Federal Reserve.
Às vésperas da votação de terça-feira, os traders de ações optaram por manter cautela, à medida que uma série de pesquisas mostrou que os eleitores estão divididos entre Donald Trump e Kamala Harris. A possibilidade de um resultado contestado pode prolongar a contagem dos votos por semanas ou até meses, o que para muitos indica um potencial aumento da volatilidade. Os títulos do Tesouro americano subiram em toda a curva e o dólar registrou a maior queda em mais de um mês.
Outro desafio de posicionamento são os fatores adicionais em torno da eleição, que provavelmente influenciarão o mercado. O Dia da Eleição será rapidamente seguido, na quinta-feira, pela decisão do Fed e a conferência de imprensa de Jerome Powell, onde ele apresentará detalhes sobre a trajetória das taxas de juros do banco central. Além disso, muitas empresas dos EUA ainda precisam divulgar seus resultados trimestrais.
O S&P 500 caiu 0,3%. O Nasdaq 100 recuou 0,3%. O Dow Jones Industrial Average teve queda de 0,6%. Os rendimentos dos títulos do Tesouro de 10 anos caíram nove pontos base para 4,29%. O Bitcoin caiu 2,6%. O petróleo subiu após a OPEC+ concordar em adiar seu aumento de produção de dezembro e o Irã indicar uma possível resposta aos recentes bombardeios de Israel.
Juros
Os juros futuros caíram nesta segunda-feira após o ministro Fernando Haddad cancelar sua viagem à Europa para focar no programa de corte de gastos do governo, que deve ser anunciado nesta semana. A desvalorização do câmbio e a queda nos juros dos Treasuries também contribuíram para essa queda.
Durante o dia, o mercado acompanhou a reunião da junta orçamentária no Planalto, com a participação de mais três ministros. O Boletim Focus teve menor impacto, mesmo com a quinta alta consecutiva nas projeções de inflação.
A previsão de inflação para os próximos 12 meses subiu de 4,04% para 4,08%, enquanto a expectativa para 2024 também aumentou. No fechamento, os principais DIs registraram quedas: o DI para janeiro de 2026 caiu para 12,880%, e outras taxas também apresentaram recuo em relação à última sexta-feira.
Dólar
O dólar perdeu grande parte dos ganhos recentes após o ministro Fernando Haddad cancelar sua viagem à Europa e indicar que o governo apresentará um pacote fiscal para reduzir os gastos ainda nesta semana. No cenário internacional, o dólar também caiu frente a outras moedas e emergentes,
influenciado pela expectativa das eleições nos EUA, com Kamala Harris mostrando recuperação nas pesquisas contra Donald Trump. O dólar à vista fechou em baixa de 1,47%, a R$ 5,7831, enquanto o dólar futuro para dezembro recuava 1,55%, a R$ 5,8010. O índice DXY caiu 0,38%, enquanto o euro e a libra apresentaram alta.
Ibovespa
O Ibovespa superou os 130 mil pontos, fechando em alta de 1,87%, impulsionado pela expectativa do anúncio de um pacote de corte de gastos do governo, sinalizado pelo ministro Fernando Haddad. Com isso, as ações sensíveis ao ciclo econômico foram destaque positivo, acompanhadas pela valorização de algumas blue chips e bancos. O índice encerrou o dia aos 130.514,79 pontos, com volume financeiro de R$ 19,3 bilhões.
Ações em destaque:
- Altas
- Cogna: +11,03% (R$ 1,51)
- Magazine Luiza: +10,38% (R$ 9,78)
- CVC: +9,28% (R$ 2,12)
- Vale: +1,03% (R$ 62,67)
- Petrobras ON: +0,10% (R$ 38,34)
- Petrobras PN: +0,23% (R$ 35,50)
- Santander: +0,11% (R$ 26,83)
- Bradesco PN: +0,14% (R$ 14,11)
- Banco do Brasil: +0,57% (R$ 26,24)
- Itaú: +1,35% (R$ 35,28)
- Baixas
- Azul: -3,01% (R$ 5,15)
- Hypera: -1,98% (R$ 22,27)
- Braskem: -1,04% (R$ 17,06)
- Suzano: -0,03% (R$ 59,97)
- Bradesco ON: -0,24% (R$ 12,48)
excelente