Traders Ignoram Setor de IA em Queda Enquanto Títulos Sobem – Resumo do Mercado dos EUA – 5 de fevereiro de 2025
As ações se recuperaram, com a maioria dos setores superando os resultados decepcionantes de grandes empresas de tecnologia. Os preços dos títulos subiram após uma avaliação fraca do setor de serviços dos EUA.
Cerca de 350 empresas do S&P 500 registraram alta, apagando perdas anteriores. A Nvidia liderou os ganhos entre as fabricantes de chips. No entanto, um índice que acompanha as gigantes do setor de tecnologia, conhecidas como “Magnificent Seven”, caiu 1,5% após os resultados da Alphabet, que fizeram as ações da controladora do Google atingirem o nível mais baixo em mais de um ano. A AMD recuou 6,3% devido a uma perspectiva negativa.
Os rendimentos dos títulos do Tesouro caíram para os menores níveis de 2025, enquanto o dólar também registrou queda.
O surgimento da DeepSeek como uma ameaça no setor de IA, na semana passada, fez a Nvidia perder meio trilhão de dólares em valor de mercado. Além disso, os resultados da Alphabet aumentaram as preocupações com os gastos de capital das grandes empresas de tecnologia que impulsionaram o mercado nos últimos anos. Embora as “Magnificent Seven” tenham sido responsáveis por mais da metade dos ganhos do S&P 500 nos últimos dois anos, o crescimento dos lucros está desacelerando.
Wall Street continua sendo impactada por estatísticas econômicas instáveis, tensões comerciais e dúvidas sobre o retorno dos investimentos bilionários em inteligência artificial.
Ibovespa
O Ibovespa subiu 0,31%, fechando aos 125.534,07 pontos, com volume financeiro de R$ 19,5 bilhões, após três sessões de queda. O desempenho foi impulsionado pelos bancos e pela Vale.
Destaques de Alta:
- Embraer (EMBR3): +15,51% (R$ 66,37) – impacto positivo do acordo com a Flexjet (US$ 7 bilhões) e recompra de notes.
- Santander (SANB11): +6,20% (R$ 27,08) – reação ao balanço do 4º trimestre.
- Auren (AURE3): +2,96% (R$ 8,36).
- Bradesco PN (BBDC4): +2,33% (R$ 12,31).
- Itaú (ITUB4): +1,52% (R$ 34,11) – resultados divulgados após o fechamento.
- Bradesco ON (BBDC3): +1,46% (R$ 11,11).
- Banco do Brasil (BBAS3): +0,22% (R$ 27,83).
- Vale (VALE3): +0,54% (R$ 54,31) – apesar da queda do minério de ferro.
Destaques de Queda:
- Azul (AZUL4): -8,87% (R$ 3,80) – maior queda do dia.
- Raízen (RAIZ4): -7,65% (R$ 1,69).
- Vamos (VAMO3): -5,82% (R$ 4,37).
- Petrobras ON (PETR3): -1,01% (R$ 40,21).
- Petrobras PN (PETR4): -0,73% (R$ 36,86) – acompanhando a queda do petróleo.
O setor bancário e a Embraer foram os principais motores da alta, enquanto empresas ligadas ao consumo e aviação lideraram as perdas.
Itaú Unibanco: Lucro Líquido Gerencial Sobe 15,8% no 4T24
O Itaú Unibanco registrou um lucro líquido gerencial de R$ 10,884 bilhões no 4º trimestre de 2024, alta de 15,8% em relação ao 4T23 e crescimento de 2% em relação ao 3T24. O resultado foi impulsionado pela expansão das margens, aumento das receitas com serviços e redução do custo do crédito, graças à queda da inadimplência.
Destaques do Resultado:
- Lucro Anual (2024): R$ 41,403 bilhões (+16,2% vs. 2023)
- Carteira de Crédito: R$ 1,359 trilhão (+15,5% em um ano; +10,2% sem efeito cambial)
- Grandes Empresas: +21%
- MPMEs: +17,7%
- ROE: 22,1% (+0,9 p.p. em um ano; -0,6 p.p. no trimestre)
- Ativos Totais: R$ 3,048 trilhões (+13,1% em um ano)
- Patrimônio Líquido: R$ 201,055 bilhões (+11,2%)
Resultados Operacionais:
- Produto Bancário: R$ 44,098 bilhões (+7,6% em um ano; +3,3% no trimestre)
- Margem Financeira: R$ 29,388 bilhões (+8,3% em um ano)
- Com Clientes: R$ 28,484 bilhões (+8,3%)
- Tesouraria: R$ 904 milhões (+7,6% em um ano; -14,5% no trimestre)
- Receitas com Serviços: R$ 11,697 bilhões (+4,5% em 12 meses)
O desempenho sólido reflete o crescimento equilibrado em todas as linhas de negócios, com destaque para o crédito a grandes empresas e MPMEs.
Dólar
O dólar à vista encerrou uma sequência histórica de 12 quedas consecutivas frente ao real, com leve alta de 0,38%, fechando a R$ 5,7942. No ano, ainda acumula queda de 6,6%. O dólar futuro para março subiu 0,69%, a R$ 5,8210.
No exterior, o dólar continuou em baixa, com o índice DXY recuando 0,34%, a 107,591 pontos. O euro avançou 0,24%, a US$ 1,0404, e a libra subiu 0,18%, a US$ 1,2502. O movimento foi influenciado por dados mistos da economia dos EUA e menor temor sobre uma nova guerra comercial por parte de Donald Trump.
Juros
Os juros futuros fecharam em alta, com correção mais acentuada na ponta longa, impulsionados pela recuperação do dólar, produção industrial acima do esperado e cautela antes do leilão de prefixados. Destaques para os DIs:
- DI Jan/26: 14,965% (ante 14,920%)
- DI Jan/27: 15,020% (ante 14,880%)
- DI Jan/29: 14,645% (ante 14,470%)
- DI Jan/31: 14,590% (ante 14,410%)
- DI Jan/33: 14,540% (ante 14,340%)
O movimento foi defensivo, com o mercado ajustando posições diante da expectativa de um leilão robusto do Tesouro.