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O que está acontecendo com a CMIN3?

As ações da CMIN3 valorizaram significativamente mais que as da VALE3 e o preço do minério de ferro, mesmo sendo ativos correlacionados. Esse movimento gerou estranheza no mercado, pois o fluxo de execução de ordens foi atípico, com um grande player comprando de forma agressiva, absorvendo um percentual relevante do volume diário e deslocando o preço. Mesmo em dias em que o minério de ferro ou as ações apresentavam queda, a CMIN3 continuava demonstrando força.

A hipótese inicial era de que esse fluxo poderia estar sendo gerado por algum fundo comprando as ações. Contudo, essa agressividade não se alinhava com o comportamento usual de fundos, que geralmente preferem uma execução mais passiva para obter um preço médio melhor, evitando movimentos bruscos no preço do ativo.

A situação foi elucidada quando a CVM divulgou um relatório de compras, revelando que o fluxo agressivo vinha do controlador da companhia. Isso alterou a interpretação do cenário, sugerindo que a movimentação tinha objetivos estratégicos específicos, como o aumento de participação ou outra ação corporativa.

Outro ponto relevante é que a CMIN3 é uma das ações com o maior número de ações alugadas em relação ao float, indicando a presença de grandes posições short, ou seja, investidores apostando na queda do ativo.

Essa combinação de compra agressiva por parte do controlador e um número elevado de posições vendidas gera um cenário de incerteza, com a possibilidade de um short squeeze — situação em que investidores vendidos são forçados a fechar suas posições, comprando as ações e impulsionando ainda mais o preço.

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Escrito por João Ascoli

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