Como ficou o pagamento de dividendos da Petrobras em 2025?
A Petrobras atualizou o valor da primeira parcela dos dividendos do quarto trimestre de 2024, subindo de R$ 0,36 para R$ 0,37 por ação, já corrigido pela taxa Selic.
O pagamento da primeira parcela acontecerá em 20 de maio de 2025 para acionistas registrados até 16 de abril. A segunda parcela, de R$ 0,3548 por ação, será paga em 20 de junho.
No total, a companhia vai distribuir R$ 11,72 bilhões em dividendos e juros sobre capital próprio neste trimestre, reforçando seu compromisso com o retorno ao acionista.
Resultados financeiros da Petrobras: queda em 2024 e sinais de recuperação em 2025
Em 2024, a Petrobras teve um lucro líquido de R$ 36,6 bilhões, uma queda de 70,6% em comparação com 2023, e fechou o quarto trimestre com prejuízo de R$ 17 bilhões.
No início de 2025, a estatal apresentou reação: o lucro líquido do primeiro trimestre atingiu R$ 35 bilhões, um aumento de 48,6% frente ao mesmo período do ano anterior.
O desempenho foi impulsionado pelo aumento de 5,4% na produção e maior eficiência operacional, com geração de caixa operacional de US$ 8,5 bilhões no trimestre.
O faturamento líquido em 2024 somou R$ 490,8 bilhões e o EBITDA ajustado foi de R$ 204,2 bilhões, com margem EBITDA de 41,6%. O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) encerrou o ano em 10,1%.
Principais desafios e riscos para a Petrobras em 2025
A Petrobras atua fortemente na exploração, produção, refino e comercialização de petróleo e gás, com destaque para os ativos do pré-sal.
O cenário internacional menos favorável resultou em queda de 9,1% no preço médio do barril Brent e valorização do dólar em 18%, pressionando as receitas.
O aumento da dívida bruta para R$ 373,5 bilhões e a necessidade de austeridade fiscal elevaram a importância do controle de custos e disciplina financeira.
Entre os riscos estão a volatilidade dos preços internacionais, possíveis mudanças regulatórias, intervenções estatais e elevação do endividamento, o que limita a flexibilidade financeira da companhia.
Perspectivas para o futuro da Petrobras e sustentabilidade dos resultados
Apesar da retração global, a Petrobras mantém margens acima da média internacional, sustentada pelo desempenho do pré-sal e geração de caixa operacional robusta.
O futuro da empresa depende da capacidade de extrair valor dos projetos de expansão, manter rigor na gestão de custos e adaptar-se rapidamente às mudanças do mercado e do ambiente regulatório.
O equilíbrio entre distribuição de dividendos, investimentos e o controle do endividamento será fundamental para garantir a sustentabilidade dos resultados em um cenário global de alta volatilidade.