Melhor Dia do FOMC no Ano para os Mercados – Resumo dos Mercados
7 de Novembro de 2024
As ações atingiram novas máximas históricas, unindo-se a títulos e commodities em um movimento coordenado de valorização cruzada de ativos que, por uma medida, foi o melhor dia para uma reunião do Federal Reserve em 2024.
Os índices de ações mantiveram o rali pós-eleição, com o S&P 500 subindo 0,7% e estabelecendo um novo recorde pelo 49º ano consecutivo. Isso ocorreu após Jerome Powell afirmar que a economia está forte, sem indicar que o Federal Reserve cortará as taxas de juros. Os rendimentos dos títulos do Tesouro de 10 anos caíram 10 pontos base, para 4,33%. O dólar caiu 0,8%.
As autoridades concordaram por unanimidade em reduzir a taxa básica de juros em um quarto de ponto percentual, após um corte maior em setembro. Alteraram a linguagem do comunicado para dizer que “as condições do mercado de trabalho geralmente aliviaram” e repetiram que “a taxa de desemprego aumentou, mas permanece baixa”. O comunicado removeu a referência ao progresso “adicional” da inflação, destacando que a inflação “progrediu em direção ao objetivo de 2% do comitê, mas permanece um pouco elevada.”
FOMC
O FOMC cortou as taxas em 25 pontos base, em uma decisão unânime, mantendo o movimento de flexibilização iniciado em setembro com uma redução total de 75 pontos base. O Comitê destacou avanços no controle da inflação, aproximando-se da meta de 2%, e vê os riscos para estabilidade de preços e pleno emprego equilibrados.
Embora tenham ocorrido cortes, a política monetária ainda é restritiva, com a taxa real dos fundos federais acima do nível considerado neutro, o que sugere mais flexibilização em reuniões futuras. O FOMC não deve reagir a políticas da nova administração até que estejam mais definidas, mas uma possível alta inflacionária devido a tarifas ou políticas fiscais pode impedir que a taxa dos fundos federais caia para os 3% previstos.
Juros
Os juros futuros oscilaram nesta quinta-feira devido a rumores sobre o possível pacote de corte de gastos do governo. A decisão do Copom na noite anterior não teve grande impacto nas taxas. No meio da tarde, o mercado reagiu à informação sobre duas propostas de cortes de R$ 15 bilhões e R$ 10 bilhões, valores abaixo dos R$ 30 bilhões que economistas consideram necessários para a meta fiscal.
No entanto, o Ministério da Fazenda desmentiu a informação, afirmando que as discussões ainda estão em andamento. Mais tarde, a decisão do Fed e as falas de Jerome Powell estimularam a queda dos juros dos Treasuries, impactando as taxas longas no Brasil. No fechamento, o DI para janeiro de 2026 subiu levemente para 13,005%, enquanto outros vencimentos apresentaram variações moderadas.
Ibovespa
O Ibovespa encerrou a quinta-feira em queda de 0,51%, aos 129.681,70 pontos, impactado pela incerteza quanto ao pacote fiscal e especulações de que o corte de gastos pode ser menor do que o esperado pelo mercado, apesar de o governo ter desmentido os rumores. O volume financeiro foi de R$ 24,9 bilhões.
Destaques de Ações:
Maiores Altas:
- Vale: +3,48%, fechando a R$ 63,56
- CSN: +3,10%, fechando a R$ 12,29
- Bradespar: +2,85%, fechando a R$ 20,22
- Petrobras ON: +0,71%, fechando a R$ 38,38
- Petrobras PN: +0,31%, fechando a R$ 35,51
Maiores Quedas:
- Petz: -14,53%, a R$ 5,00
- Totvs: -8,44%, a R$ 31,13
- Cogna: -7,19%, a R$ 1,42
Bancos em Baixa:
- Itaú: -1,47%, a R$ 35,64
- Bradesco PN: -1,09%, a R$ 13,66
- Bradesco ON: -0,90%, a R$ 12,17
- Banco do Brasil: -0,42%, a R$ 26,19
- Santander: -0,33%, a R$ 27,01