S&P 500 cai liderado por Big Tech antes dos resultados – Resumo dos mercados
23 de outubro de 2024
As ações dos EUA caíram, lideradas por perdas nas ações de tecnologia, o que empurrou o índice S&P 500 para seu ponto mais baixo em mais de duas semanas.
O S&P 500 caiu 0,9%, enquanto o Nasdaq 100 recuou 1,6%. O Dow Jones Industrial Average teve uma queda de 1%.
A Qualcomm caiu 3,80% após a Arm Holdings cancelar uma licença que permitia à empresa usar a propriedade intelectual da Arm para projetar chips. A Nvidia recuou 2,81%, enquanto as ações da Apple caíram 2,16% após um analista amplamente seguido informar que os pedidos do iPhone 16 foram reduzidos em aproximadamente 10 milhões de unidades do quarto trimestre para o primeiro semestre de 2025.
O aumento do rendimento da nota do Tesouro de 10 anos para seu nível mais alto desde julho pesou no setor de tecnologia de alto crescimento e múltiplos elevados, que caiu 1,68%, o segundo maior entre os 11 grupos de indústrias do S&P 500.
Após o fechamento do mercado, a Tesla divulgou lucros ajustados por ação no terceiro trimestre que superaram a estimativa média dos analistas.
Tesla
As ações da Tesla subiram 10% após a divulgação de lucros acima das expectativas, impulsionados por créditos ambientais. No terceiro trimestre, a Tesla superou as previsões de lucro por ação (72 centavos ajustados contra 58 esperados), embora a receita (US$ 25,18 bilhões) tenha ficado ligeiramente abaixo do esperado.
A receita aumentou 8% em relação ao ano anterior, enquanto o lucro líquido cresceu para US$ 2,17 bilhões. As margens foram impulsionadas por US$ 739 milhões em créditos regulatórios. A receita automotiva aumentou 2%, e a de geração e armazenamento de energia subiu 52%.
Dólar
O dólar à vista fechou em leve baixa de 0,08%, cotado a R$ 5,6928, impulsionado por um fluxo pontual de entrada de capital externo no final da sessão, que compensou o viés de alta observado anteriormente.
No entanto, o câmbio permanece elevado, sustentado pela expectativa de vitória de Trump nos EUA e pela incerteza fiscal no Brasil. A queda nos preços do petróleo e do minério de ferro também pressionou o real.
Lá fora, o índice DXY subiu 0,30%, enquanto o dólar avançou em relação ao euro, libra e iene.
DI’s
Os juros futuros voltaram a subir nesta quarta-feira, com o DI para janeiro de 2029 atingindo 13,0% no pior momento do dia, impulsionados pela expectativa de vitória de Trump nas eleições dos EUA e pela incerteza fiscal no Brasil. As taxas acompanharam o aumento nos juros dos Treasuries, enquanto o relatório do FMI piorou as projeções fiscais brasileiras. Declarações do diretor do BC, Paulo Picchetti, sugerindo a necessidade de alta dos juros, e de Campos Neto reforçando que o Copom pode intensificar o aperto monetário em novembro, também contribuíram para a alta das taxas. No fechamento, as taxas ficaram entre 12,765% e 12,975% para diferentes vencimentos.
Ibovespa
O Ibovespa caiu 0,55% na quinta sessão consecutiva de baixa, fechando aos 129.233,11 pontos.
A Petrobras ON (-1,42%), Petrobras PN (-1,25%) e Vale (-1,75%) foram afetadas pelas quedas do petróleo e do minério de ferro, enquanto Bradespar (-1,78%) e Hypera (-3,98%) também registraram perdas.
Entre os bancos, Bradesco ON (-0,30%) e PN (-0,40%) caíram, enquanto Banco do Brasil (+0,11%), Itaú (+0,63%) e Santander (+1,24%) subiram. IRB se destacou com uma alta de 12,29% após resultados fortes em agosto. Carrefour (+5,24%), Cogna (+4,41%) e Yduqs (+4,05%) também subiram.