Confusões do Governo Francês e Declarações de Powell – Resumo do Mercado dos EUA
4 de dezembro de 2024
As ações alcançaram máximas históricas após o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, afirmar que a economia americana está em excelente forma. O euro oscilou após a queda do governo francês, provocada por um voto de desconfiança no Parlamento.
Um rali nas big techs levou o S&P 500 ao seu 56º recorde de fechamento em 2024, enquanto o Nasdaq 100 subiu mais de 1%. A NVIDIA liderou os ganhos entre as megacaps, com uma valorização de cerca de 65% no ano. A Salesforce teve forte alta devido aos resultados que aumentaram as esperanças de que as empresas continuem se beneficiando do boom da inteligência artificial.
Powell também afirmou que o Federal Reserve pode ser cauteloso ao reduzir as taxas para um nível neutro, que nem estimula nem freia a economia. Ele fez as declarações durante o evento DealBook Summit do New York Times em Nova York.
Desempenho dos índices:
- S&P 500: +0,6%
- Nasdaq 100: +1,2%
- Dow Jones Industrial Average: +0,7%
Os rendimentos dos Treasuries de 10 anos caíram quatro pontos-base, para 4,18%. Enquanto isso, os futuros dos títulos franceses mantiveram os ganhos após Marine Le Pen, líder da extrema direita, unir-se a uma coalizão de esquerda para derrubar o governo, intensificando a instabilidade política que tem afetado os ativos do país há meses.
Powell
O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, afirmou que a resiliência da economia dos EUA permite cortes mais lentos nos juros.
Ele destacou que a economia está melhor do que em setembro, quando os cortes começaram, permitindo uma abordagem mais cautelosa para encontrar a taxa neutra, que não estimule nem desacelere a economia.
Powell observou que o crescimento econômico acima do esperado contribuiu para uma inflação ligeiramente mais alta.
Juros
Os juros futuros tiveram queda moderada nos vencimentos medianos e longos, refletindo melhora na percepção de risco fiscal. Isso foi impulsionado por declarações de Arthur Lira, presidente da Câmara, sobre acelerar a votação de medidas de corte de gastos, incluindo uma PEC que será votada diretamente no plenário.
A queda do dólar e dos juros dos Treasuries também ajudou a aliviar as taxas longas. Já os vencimentos curtos subiram devido à expectativa de que o Copom aumente significativamente a Selic na próxima semana para conter a inflação e desacelerar a economia aquecida.
Ibovespa
O Ibovespa fechou com leve baixa de 0,04%, aos 126.087,02 pontos, pressionado por Petrobras ON (-0,96%, R$ 42,37), Petrobras PN (-0,63%, R$ 39,25) e Vale (-1,95%, R$ 57,33), após notícias de mudanças no Conselho da Petrobras e cautela pós-Investor Day da Vale.
Entre as maiores quedas: Bradespar (-2,75%, R$ 17,65), Azzas (-4,49%, R$ 35,09), MRV (-4,19%, R$ 5,03) e Hapvida (-3,32%, R$ 2,62).
Por outro lado, os bancos apresentaram alta: Bradesco ON (+1,28%, R$ 11,12), Bradesco PN (+1,14%, R$ 12,44), Banco do Brasil (+1,21%, R$ 25,17), Itaú (+0,62%, R$ 32,68) e Santander (+0,04%, R$ 25,30).
O destaque positivo foi BRF (+5,58%, R$ 27,80), beneficiada pela queda no preço do milho e dólar valorizado. Outras altas expressivas: LWSA (+4,58%, R$ 3,65) e Rumo (+2,77%, R$ 19,28).
Parabéns