30 de setembro de 2024
S&P500
O rali de mais de US$ 2,5 trilhões do S&P 500 no terceiro trimestre ignorou a postura cautelosa do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, quando ele sinalizou que não tinha pressa em fazer novos cortes nas taxas de juros.
As ações subiram nos minutos finais do pregão dos EUA, mesmo depois de Powell dizer que o banco central reduzirá as taxas de juros “ao longo do tempo”, enquanto reafirmava que a economia como um todo permanece em bases sólidas.
Apesar da fraqueza no início do dia, o S&P 500 garantiu seu quarto trimestre consecutivo de ganhos, a sequência mais longa desde 2021. O Nasdaq 100, fortemente voltado para tecnologia, teve um desempenho semelhante.
Ao avaliar as perspectivas para cortes nas taxas do Fed, os investidores devem lidar com uma combinação de riscos, incluindo tensões crescentes no Oriente Médio e uma iminente greve de trabalhadores portuários em portos críticos dos EUA na terça-feira. Goolsbee, do Fed, expressou suas preocupações sobre um choque de oferta se a greve se prolongar. “Isso vai aumentar o custo de fazer negócios e levar a escassez”, disse ele à Fox Business.
Dólar
O dólar à vista fechou a última sessão de setembro em alta de 0,21%, a R$ 5,4474, acompanhando a valorização da moeda americana no exterior após declarações de Jerome Powell. O presidente do Fed deixou claro que não tem pressa para reduzir os juros e descartou outro corte agressivo de 50 pontos-base neste ano, contrariando expectativas do mercado.
No cenário doméstico, a preocupação com o déficit do setor público em agosto (-R$ 21,4 bilhões) aumentou a incerteza sobre o cumprimento da meta fiscal anual, pressionando o dólar antes mesmo do discurso de Powell.
Apesar da alta diária, a moeda americana acumulou queda de 3,33% em setembro, influenciada pelo início do afrouxamento monetário do Fed e estímulos econômicos na China, que beneficiaram moedas de países produtores de commodities. No acumulado do ano, porém, o dólar sobe 12,24%. No mercado internacional, o índice DXY subiu 0,39%, o euro recuou 0,27% e a libra esterlina permaneceu estável.
Ibovespa
O Ibovespa encerrou o último pregão de setembro em queda de 0,69%, aos 131.816,44 pontos, atingindo a mínima do dia e acumulando perda de 3,08% no mês. A aversão ao risco dominou o mercado devido à alta dos juros futuros e às preocupações fiscais após a divulgação do déficit do setor público em agosto.
Destaques negativos:
- Assaí liderou as perdas, despencando 8% para R$ 7,47. A queda ocorreu em reação ao arrolamento de bens imobiliários pela Receita Federal no valor de R$ 1,265 bilhão, relacionado a contingências tributárias do GPA.
- Petz recuou 3,87%, fechando a R$ 4,72.
- Cogna caiu 3,76%, terminando a R$ 1,28.
- Vale diminuiu 0,70% (R$ 63,51), mesmo com a valorização do minério de ferro.
- Petrobras também fechou em baixa: ON caiu 0,63% (R$ 39,27) e PN, 0,28% (R$ 36,01).
- Principais bancos registraram perdas: Itaú (-1,77%; R$ 36,11), Bradesco PN (-1,61%; R$ 14,70), Bradesco ON (-1,13%; R$ 13,09), Santander (-1,01%; R$ 28,39) e Banco do Brasil (-0,26%; R$ 27,18).
Destaques positivos:
- Azul liderou os ganhos, subindo 4,87% para R$ 6,24.
- Vamos Locação avançou 1,69%, fechando a R$ 6,61.
- JBS teve alta de 1,67%, terminando a R$ 31,63.
O volume financeiro totalizou R$ 20,7 bilhões, abaixo da média diária de agosto. No acumulado do ano, o Ibovespa registra queda de 1,77%.