S&P 500: Incertezas no Horizonte?

As ações tiveram seu pior dia desde o colapso do mercado em 5 de agosto, com o S&P 500 caindo mais de 2%, à medida que preocupações com crescimento e monetárias combinaram para atingir ativos de risco, muito como aconteceu há um mês.

Assim como no episódio de agosto, a tecnologia foi a mais afetada, com a Nvidia liderando uma queda nos fabricantes de chips. E as semelhanças não terminam aí. O iene subiu, um indicador de fabricação muito observado não atendeu às previsões novamente, e o petróleo caiu devido a preocupações com a fraca demanda global. O “índice de medo” de Wall Street, o VIX, disparou. Os rendimentos dos títulos do Tesouro caíram, com os traders apostando em um corte de taxa do Fed de meio ponto incomumente grande este ano.

Com as expectativas de inflação relativamente estáveis, a atenção se voltou para a saúde da economia, pois sinais de fraqueza podem acelerar a flexibilização da política. Os traders de swap esperam que o Fed reduza as taxas em mais de dois pontos percentuais completos nos próximos 12 meses, a maior queda fora de uma recessão desde a década de 1980.

O S&P 500 caiu para cerca de 5.530. O Nasdaq 100 declinou 3,1%. O Dow Jones Industrial Average caiu 1,5%. O índice Russell 2000 de pequenas empresas caiu 3,1%. O ETF VanEck Semiconductor de US$ 22 bilhões teve sua maior queda desde março de 2020, com a Nvidia caindo 9,5%. A Boeing caiu 7,3% após um rebaixamento por um analista.

Os rendimentos dos títulos do Tesouro de 10 anos caíram sete pontos base, para 3,84%. Um número recorde de empresas de primeira linha está inundando o mercado de títulos corporativos. O iene subiu enquanto o governador do Banco do Japão, Kazuo Ueda, reiterou que o banco central continuará a aumentar as taxas de juros se a economia e os preços se comportarem conforme o esperado.

Fonte: Financial Juice