ULTIMATO DA ERA TRUMP: PRAZO PARA CHINA E AMEAÇA DE TARIFA
O presidente americano Donald Trump elevou a temperatura da já acirrada disputa comercial global ao dar um ultimato à China. Ele exigiu a remoção de uma tarifa retaliatória chinesa até o meio-dia de hoje (horário de Brasília). Caso contrário, uma nova tarifa de 50% será imposta, elevando a taxação total sobre produtos chineses para impressionantes 104%. Essa medida se soma a tarifas anteriores já em vigor, relacionadas ao fluxo de opioides para os EUA.
CHINA REBATE E UE PREPARA CONTRAMEDIDAS: A ESCALADA DA CRISE
Pequim não cedeu à pressão e já anunciou que não cumprirá as exigências americanas. O Ministério do Comércio chinês declarou que, se os EUA aumentarem as tarifas, a China responderá com “contramedidas resolutas”. A União Europeia também não ficou de braços cruzados. O braço executivo da UE propôs taxar diversos produtos americanos em resposta às tarifas impostas por Trump sobre aço e alumínio. Uma lista de possíveis retaliações está sendo finalizada e deve ser votada para entrar em vigor em abril e maio.
IMPACTO NOS MERCADOS: DÓLAR DISPARA E BOLSAS DESPENCAM
A intensificação da guerra comercial provocou forte turbulência nos mercados financeiros. O dólar voltou a se aproximar de R$ 6, impulsionado pela aversão global ao risco. A bolsa brasileira, Ibovespa, sofreu uma queda acentuada, com investidores estrangeiros retirando capital do país. Em Nova York, as bolsas também registraram perdas, embora o Nasdaq tenha apresentado uma leve alta ao final do pregão. A incerteza sobre o futuro das relações comerciais entre as potências globais continua a gerar volatilidade nos mercados.
ALERTAS DE RECESSÃO E INFLAÇÃO: ECONOMISTAS PREOCUPADOS COM O FUTURO
Diversos especialistas e instituições financeiras estão soando o alarme sobre os potenciais impactos negativos das tarifas. A diretora do Federal Reserve (Fed) afirmou que a inflação voltou a ser a prioridade do banco central americano. CEOs de grandes bancos, como Blackrock e JP Morgan, alertaram que as tarifas podem levar a um aumento da inflação e até mesmo a uma recessão nos Estados Unidos. O Goldman Sachs elevou a probabilidade de recessão americana nos próximos 12 meses, refletindo a crescente preocupação com o cenário econômico global.
BRASIL NA MIRA: AGENDA ECONÔMICA E REPERCUSSÕES LOCAIS
Enquanto o cenário internacional ferve, o Brasil acompanha de perto os desdobramentos. A agenda econômica local inclui a divulgação de prévias da inflação e dados fiscais. No mercado doméstico, a Petrobras registrou forte queda após notícias de possível pressão para redução dos preços dos combustíveis, acompanhando a queda do preço do petróleo no mercado internacional. As expectativas para a inflação futura no Brasil apresentaram leve queda, mas permanecem acima da meta estabelecida.
OUTROS DESTAQUES:
- Trump e Irã: Apesar da tensão, Trump mencionou conversas diretas com o Irã, que negou negociações bilaterais, confirmando um diálogo indireto mediado por Omã.
- Agenda Doméstica: Lula participa de eventos em São Paulo, enquanto Galípolo e Haddad cumprem agendas em Brasília e São Paulo, respectivamente.
- Lá Fora: A agenda de indicadores internacionais está esvaziada, com poucos eventos previstos nos EUA e na Europa.
- Mercado Livre: Anunciou um investimento recorde de R$ 34 bilhões no Brasil para 2025.
- Banco do Brasil: Convocou assembleias para eleição de novos membros do Conselho de Administração.
- MINERVA: Conselho de Administração aprovou proposta de aumento de capital no valor de até R$ 2 bilhões, com subscrição particular de até 386.847.196 de novas ações ON, pelo preço de emissão de R$ 5,17 por ação. Proposta será deliberada em AGE a ser realizada, em primeira convocação, no dia 29/4.